Acima de tudo e de todos?

06/04/2010 22:23

Desde que o presidente Lula assumiu o poder, paira sobre seus adversários políticos um medo, um medo que acabou por se tornar realidade: a identificação de Lula com o povo. E essa identificação, que antes se mostrava de forma parcial (nas eleições em que ele foi derrotado), foi crescendo até possibilitar uma vitória do nosso atual presidente. No seu governo, houve muitos estouros de escândalos de corrupção. Mas nem todo esse alvoroço que sempre se aprontou em cima de todas essas polêmicas conseguiu frear o crescimento da identificação do povo brasileiro com Lula. Seja pelo seu carisma e discurso, adquiridos pelos seus vários anos como líder sindical, seja pelo seu governo, que por alguns pode ser considerado como uma das melhores gestões que o Brasil já teve, seja por pura sorte.

Os que consideram essa última opção como verdadeira, argumentam que o governo do PT pegou o país em uma crescente inevitável, e apenas mantiveram as políticas anteriores que deram certo. Mas não seria muito fácil colocar esse argumento agora que estamos numa maré boa?

Enfim, a questão aqui tratada é outra. O que Lula representa, no Brasil e no exterior, adquiriu um caráter simbólico, que ultrapassa apenas a posição de líder de Estado. Ao ter uma aprovação de governo recorde, influência no exterior nunca antes vista (mesmo sem falar inglês), muitos analistas consideram esse ponto alcançado como perigoso. Como analisado por Hanna Pitkin, teórica política de certo prestígio, se essa representação simbólica e irracional chega a certo extremo, pode acarretar em conseqüências perigosas. Um presidente com tanta influência e aprovação pode fazer o que bem entender, sempre tendo aprovação por seus atos.

 

É esse o “medo” que percebo lendo algumas revistas, como a Istoé. O que me leva a discordar é o simples fato de Lula não ter cogitado a possibilidade de criar um possível terceiro mandato (acredito eu que, se isso ocorresse, ele seria eleito novamente). Então por que tentar criar essa imagem totalitária nele? Depois falam que a imprensa brasileira é responsável, e imparcial.

O grande desafio, que nos mostrará se sua influência está alcançando pontos tão altos como estamos pensando, é o de transferir votos para Dilma. Com a crescente nas pesquisas da (pré) candidata do PT, acredito que essa força tem grandes chances de se confirmar.

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Fora Lula

Ao assumir estreitas ligações com terroristas como Armadinejad e Hugo Chavez, Lula passa uma péssima imagem da posição do Brasil no cenário internacional. Torço para que ele saia logo, a fim de evitar maiores burradas no cenário político internacional. O Brasil agora colhe o fruto do árduo trabalho econômico feito pelo PSDB e pelo grande presidente Fernando Henrique Cardoso.

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Acima de todos?

Achei muito interessante o artigo. Realmente há um temor dos oposicionistas a Lula por ele ter essa alta porcentagem de aprovação. Acredito que o próximo presidente tenha uma missão complicada ao substituí-lo, porém se ele quisesse um 3º mandato não estaríamos mais numa democracia, estaríamos caminhando para uma ditadura. A ciclo tem que continuar, outros virão, melhores ou piores que ele, só o tempo dirá.

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