Felizes para sempre... Pelo menos até o próximo pé-na-bunda.
07/04/2010 00:14
Hoje resolvi levantar a bola do filme “A Mulher Invisível”. Sucesso de público e de crítica, o filme estreiou esse domingo nos canais Telecine.
Numa coisa vocês têm que concordar comigo: Se não fossem os pés-nas-bundas e as paixões não correspondidas, o cinema não teria a mesma beleza. Quantas histórias de foras já nos partiu o coração numa sala de cinema? Milhares. Se, por um lado, cada fora é encarado de uma forma diferente, há sempre aqueles que acreditam que nada é melhor do que uma nova paixão para curar outra. Mesmo que ela seja invisível.
É esse o problema do Pedro, personagem de Selton Mello (Lisbela e o Prisioneiro; Meu Nome Não é Johnny) em “A Mulher Invisível”. Ele está apaixonado e certo de que Marina, interpretada pela atriz Maria Luiza Mendonça, é a mulher de sua vida... Até descobrir que ela está grávida de gêmeos e ele não é o pai. A depressão afasta Pedro dos amigos e do trabalho, até que, certo dia, uma linda e solitária mulher bate à sua porta pedindo uma xícara de açúcar. É sua vizinha, Amanda, personagem de Luana Piovani, por quem ele se apaixona em questão de segundos. Amanda é perfeita. E Pedro chega a essa conclusão depois de descobrir que ela faz faxina na sua casa só de calcinha, serve o jantar na sua boca, curte futebol e não liga quando ele sai com os amigos ou fica com outras na balada. O problema é que pra todas as outras pessoas, Amanda é invisível e só Pedro a vê.
Ok, já que estamos falando de uma comédia romântica, é de se imaginar que toda a trama já está resolvida: depois de sofrer com o fora que levou, Pedro conhece a mulher ideal, se apaixona novamente e no fim descobre que ela não existe. E aí, depois de recuperado, volta a se apaixonar, certo? Errado. O engraçado é que é justamente aí que o filme ganha pontos. Sem escapar do famoso final feliz, o diretor Cláudio Torres, que co-roteirizou o filme ao lado de Adriana Falcão, Cláudio Paiva e Maria Luísa Mendonça, conseguiu criar formas de fugir do previsível. O que ele fez foi o seguinte: Ao invés de ir pelo atalho, ele pega aquela estradinha de terra cheia de curvas, e que apesar do caminho ser mais longo, tem um visual mais bonito. Além da espetacular performarce do Selton Mello, as participações de Vladimir Brichta e Maria Manoella, respectivamente como o melhor amigo (Carlos) e a vizinha (Vitória) que é apaixonada por Pedro, vão além dos papéis coadjuvantes comuns. O desenvolvimento da história depende mais deles do que do próprio protagonista. E sem esquecer, claro, da Fernanda Torres, que rouba a cena cada vez que aparece como a irmã de Vitória.
Pedro é o típico papel do cara autodestrutivo, o anti-herói sempre vulnerável a sua própria mente. Mas o que cativa nele é o fato de ser sempre tão esperançoso e apaixonado. Personagens como ele são a chave que faz render para as comédias românticas o bom desempenho nas bilheterias. E quando o filme consegue fugir da fórmula é melhor ainda. Se você ainda não o assistiu essa é a sua chance de ser feliz para sempre. Pelo menos até o próximo pé-na-bunda.
———
VoltarComente você também!
Data | 10/04/2010 |
---|---|
De | Juliana Góis |
Assunto | Felizes para sempre... Pelo menos até o próximo pé-na-bunda. |
Menina, adorei sua crítica. Muito bem escrita e fundamentada. Parabéns!!
O filme é muito bom. Eu recomendo! =)
———
Data | 08/04/2010 |
---|---|
De | Rafazildo! |
Assunto | A mulher invisível |
Dinda, EU RI MUITO, quando vi no cinema, quem tava comigo ficou com vergonha kkkkkkkk
muito boa minha escolha pra falar de cinema! hehehe
=)))
———
Data | 07/04/2010 |
---|---|
De | André Lucena |
Assunto | "A Mulher Invisível" |
Muito bom o filme!
Recomendo...
=)
———